MINHA PROFISSÃO: Já ouviu falar no técnico em equipamentos biomédicos?
Considerada atividade promissora em tempos de crise, esse profissional está sendo demandado por muitos hospitais, clínicas e fábricas
Em tempos de forte crise econômica, a satisfação com a vida é a menor em 17 anos e o índice de desemprego cresceu 4,1%, segundo pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta semana. Felizmente, esse cenário não tem prejudicado todas as áreas e profissões. A série Minha Profissão, realizada pela Agência CNI de Notícias , apresenta carreiras em alta e que podem ser um bom investimento para o futuro.
O técnico em equipamentos biomédicos é um novo tipo de profissional cada vez mais demandado em hospitais, clínicas e fábricas. Entrevistamos Elizabete Kirino, formada no curso oferecido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e técnica engenheira de campo da GE (empresa multinacional de venda de equipamentos médicos). Ela ressalta que a tendência é que empresas do setor hospitalar e odontológico criem áreas de engenharia clínica e contratem ainda mais estes técnicos. Confira:
AGÊNCIA CNI DE NOTÍCIAS – Como você conheceu o curso de Técnico de Equipamentos Biomédicos?
ELIZABETE KIRINO – Eu trabalhava com calibração de equipamentos e, quando descobri essa área, me interessei. Pesquisei e vi que tinha o curso no SENAI e que ele era feito em parceria com uma das maiores empresas do setor no Brasil, a GE.
AGÊNCIA CNI DE NOTÍCIAS – Onde o técnico em equipamentos biomédicos pode trabalhar?
ELIZABETE KIRINO – Em vários lugares. Nós podemos trabalhar na engenharia clínica de um hospital e também com os fabricantes dos equipamentos médicos, com a função de atender os clientes e fazer a manutenção de aparelhos como mamografia e raio-x, por exemplo. Ainda aprendemos sobre equipamentos odontológicos.
AGÊNCIA CNI DE NOTÍCIAS – O que se estuda no curso e o que estudar para se especializar?
ELIZABETE KIRINO – Durante o curso, a gente aprende o básico de eletrônica e elétrica e tem muita prática com os próprios equipamentos médicos e odontológicos. O ideal é que o estudante que queira se especializar faça um curso superior de engenharia eletrônica, mecatrônica ou de automação, ou até mesmo outro curso técnico nessas áreas para ser um profissional ainda mais qualificado.
AGÊNCIA CNI DE NOTÍCIAS – Como deve ser o perfil do profissional?
ELIZABETE KIRINO – No trabalho de campo, tem que saber lidar com o cliente, se portar bem, ter paciência e responsabilidade. Isto é muito importante porque, para se destacar no mercado, às vezes as características pessoais são mais importantes do que as técnicas, que podem ser desenvolvidas.
AGÊNCIA CNI DE NOTÍCIAS – Como está o mercado de trabalho?
ELIZABETE KIRINO – Por enquanto ainda não existem muitos profissionais específicos desta área, por isso as empresas às vezes contratam gente que fez mecatrônica ou elétrica para suprir as necessidades. Mas com o aparecimento deste profissional, a tendência é que os hospitais e clínicas priorizem a contratação do técnico em equipamentos biomédicos, abrindo setores específicos de engenharia clínica.
Fonte: CNI Notícias