Técnicos industriais participam de Frente do Ensino Técnico
O último dia de palestras do I Seminário Internacional dos Técnicos Industriais em Brasília contou com uma visita ao Senado Federal para a apresentação da Frente Parlamentar do Ensino Técnico. O encontro foi presidido pelo deputado federal Giovani Cherini, patrono dos técnicos industriais. Empreendedorismo e Corporativismo foram as palavras chaves destacadas por Cherini . ” Nos temos que pensar em um ensino médio com empreendedorismo, para que cada jovem técnico seja dono do seu próprio negócio. Estamos na geração técnicos 4.0 e toda metodologia precisa acompanhar esta inovação tecnológica, a partir das escolas técnicas “, disse o deputado que convocou todos os técnicos representantes do CRTs para uma grande foto no Senado.
Nos países desenvolvidos mais de 50% dos jovens entre 15 e 29 anos fazem formação técnica, exemplos como Alemanha e Áustria. Dentro do processo da jornada estudantil, a formação técnica é fundamental e determinante.Entre os principais desafios elencados nesta Frente está a modernização das escolas e centros de formação do Estado que precisam ter cursos atrativos para os jovens.
A segunda palestra foi ministrada por Marilza Machado Gomes Regattieri, Diretora de Políticas e Regulação de Educação Profissional e Tecnológica da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação onde foi abordado o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos, instrumento criado pelo MEC cuja proposta é disciplinar a oferta de cursos técnicos de nível médio, normalizando as denominações por eles empregadas. O CNCT confere também grande visibilidade a esses cursos, bem como auxilia na escolha vocacional por parte dos alunos e pode ainda inspirar escolas em novas ofertas educativas.
A formação do |Técnico industrial no contexto da Indústria 4.0 foi o tema da palestra de Felipe Morgado que falou das ferramentas digitais que integram todas as etapas da produção, permitindo a automação e a integração de modo nunca visto antes e pede trabalhadores flexíveis, qualificados e, principalmente, abertos a novos aprendizados o tempo todo. Num cenário em que os bancos de dados de todas as plantas industriais podem ser acessados a qualquer hora, de qualquer ponto, a formação profissional na área também precisa mudar, se adaptar. Não à toa que essa é uma das discussões mais importantes atualmente no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de São Paulo (Senai).
Em seguida finalizando as palestras, Wilson Conciani do IFB- Instituto Federal de Brasília demostrou que diante do quadro de baixa qualificação, as empresas têm diminuído exigências e, ainda assim, enfrentam dificuldades em contratar. Pesquisa divulgada este ano pela Fundação Dom Cabral (FDC) mostrou que, mesmo com o aumento do desemprego, 49% das organizações brasileiras têm vagas, mas não encontram profissionais qualificados. As duas causas mais graves para a não contratação mensuradas pelo levantamento foram a falta de capacitação adequada e expectativas de salários desalinhadas.