Profissionais e Empresas: Fique por dentro dos novos ares da inovação na indústria
Com o passar dos tempos e o avanço da tecnologia novas profissões surgem e as já existentes precisarão se adequar às novas tendências do mercado e inovações, no novo limiar da indústria nacional. “Temos de treinar pessoas para empregos que nem existem”, disse o especialista Heidi Bridger, responsável pelo Catapult Network Governance at Innovate, instituição que faz a ponte na inovação entre inovação, treinamento e a indústria no Reino Unido.
A questão sobre como treinar os profissionais que atuarão com todos esses temas no futuro e gerar inovação que possa ser aproveitada pela indústria foi um dos temas do Fórum de Inovação na Indústria e na Economia Digital promovido em maio pela VEJA e pela EXAME sobre Inovação.
Rafael Lucchesi, diretor-geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai)lembrou que o Instituto nasceu quando os industriais brasileiros perceberam que precisavam formar pessoas capacitadas para alavancar o crescimento da indústria nacional. De sua criação, em 1942, até hoje, muita coisa mudou, incluindo as demandas da indústria. O diretor mencionou projetos de inovação feitos atualmente como um programa de incentivo a startups, ou um projeto de robô autônomo desenvolvido para a petroleira Shell em institutos de inovação no Senai. Projetos como esse, lembra Lucchesi, podem trazer expertise para áreas de interesse. É o caso de um projeto de desenvolvimento de veículos autônomos para o agronegócio.
O retorno da inovação
Contudo, para que a indústria seja competitiva, o especialista lembra que é preciso focar na velocidade, para que as tecnologias estejam rapidamente acessíveis. É uma tarefa difícil. “E isso é feito entre governo e indústria, incluindo os sindicatos”, disse.
Participaram do debate, além de Bridger, Rafael Lucchesi, diretor-geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e Holger Kohl, diretor do Instituto Fraunhofer, da Alemanha. Como fator em comum, as três instituições trabalham fazendo a ponte entre a indústria e instituições de formação e pesquisa. Os especialistas lembraram como o trabalho de desenvolver inovação para a indústria é um trabalho conjunto entre setor público e privado.
No Brasil, Lucchesi apontou alguns problemas que ainda tornam o investimento das indústrias em inovação lento, como constantes alterações políticas após trocas de governo e uma academia ainda distante da indústria. Há ainda o próprio perfil da indústria brasileira, onde inovar é menos relevante do que desenvolver eletrônicos na Coreia do Sul, por exemplo. “Mas os empresários daqui não têm nenhum preconceito contra a inovação; apenas dificuldade em construir isso”, disse o diretor do Senai.
Bridger e Kohl lembraram, também, que países como Alemanha e Reino Unido esperam, nos próximos anos, intensificar parcerias de cooperação internacional, inclusive com o Brasil. “A nova indústria precisa de dados e tecnologia, e não podemos fazer isso se continuarmos presos em ilhas”, disse Kohl
Fonte: Exame
Acredito que a nossa realidade seja em certificar e especializar muitas das profissões já existentes no ramo industrial e não criar mais profissões . Isto se for colocado em prática sem observarmos certos critérios, certamente outros inconvenientes virão a reboque como por exemplo a questão do piso profissional. Temos que discutir este assunto até a exaustão mas sem esquecer o lado social. Produzir, desenvolver tecnologicamente o país será uma maravilha mas dar condições aos trabalhadores de uma vida mais saudável é muito importante.